São Jorge de Donatello (1415-17), Mármore. |
O Trecento é tão bom que
fiquei como um daqueles animais ruminando as informações. Florença resistiu com
a arte da tentativa de domínio de um duque e nós estamos em pleno momento
eleitoral em nossos cidades, “Duques” guerreando por poder, enquanto a mazelas
sociais continuam expostas como artes visuais cotidianas. Ah! Como os ventos poderiam
soprar sobre nós o mesmo sentimento patriótico, ufanista que fez os florentinos
resistirem aos desejos de poder das autoridades da época.
Naquela época a arte
tornou-se instrumento de defesa e arma de ataque. Despertando mentes,
transmutando pensamentos para uma liberdade única, a liberdade do homem, o ser
único. Dante já nós alertava que “a
corrupção de um é a geração de outro”.
O pensamento renascentista começa a florescer. A
necessidade do homem manter-se em pé, erigido, independente, do seu criador e do
seu observador, foi a inspiração para Donatello, esculpir São Jorge, sua
primeira escultura que se mantém em pé por si só. Somos estátuas que nos
matemos em pé por se mesma, nas nossas decisões, no voto consciente.
Donatello trata o
corpo humano da escultura como uma estrutura articulada, capaz de movimento”. A arte como relata
FAYGA “educa no sentido de mostrar os
mundos que existem nas experiências humanas de enriquecer e permitir crescer.
Poder relacionar, diferenciar em você mesma, crescer na arte e na vida”. Florença
viveu isto, e nós o que queremos viver?
By
Daniela F. Ribeiro Santos
óTimas suas considerações e seus cruzamentos filosóficos e históricos. Que renascemos, então! Drica.
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