quinta-feira, 28 de junho de 2012

Breve reflexão sobre Gótico Tardio



Gótico Tardio foi uma transição do estilo Gótico, que a partir daí, passou a produzir algumas de suas obras mais ricas e complexas. Se delimita esta fase aproximadamente entre os seculos XV e XVI, e representa o corolário (consequencia necessária e evidente).
O que poderia ter contribuído para explicar essa transformação artística, na sociedade europeia:
# As grandes navegações, que deslocava o eixo do comercio internacional para outras nações, Houve um surto de fomento ás artes.
#As invasões da Itália pela França, Alemanha e Espanha, ocasionando a fuga de muitos artistas e intelectuais italianos, para outros centros, ocasionando uma circulação de suas obras e textos. A imprensa contribuiu bastante para a divulgação dessa cultura, de uma forma mais rápida e eficiente.
Uma tendencia clara desse período - o gosto pelo complexo e o ultra-sofisticado.Como pode ser visto nos grandes retábulos abaixo.

Gil de Siloé: retábulo da Cartuxa de Miraflores, Burgos. Madeira policroma, 1496-1499.



Anônimo: Retábulo de Antuérpia, Marienkirche, Lübeck. Madeira policroma, c. 1518.




Gecy Melo - Gótico Tardio

6 comentários:

  1. Lindo...
    Gecy meu amor, quando você diz:(...) passou a produzir algumas de suas obras mais ricas e complexas(...). O que quer dizer "Obras mais RICAS"?

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  2. Refiro-me mas precisamente ao trabalho do pintor, Jan Van Eyck. Nas suas obras são evidentes o espirito de minucia e a preocupação com detalhes ricos em adereços requintados,pretensiosos e complexos, como também com os elementos da natureza.Realizando trabalhos grandiosos como os retábulos, o artista mostra a sua superação, abrindo o universo da pintura, para o mundo exterior, mostrando o realismo e a riqueza de detalhes nas suas obras como:O casal Arnolfini. o retábulo O Cordeiro Mistico. Surge ai uma nova fase da pintura flamenga; a renascentista.

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  3. Pooooxaaaa, que coisa feliz, é ler aqui Jan Van Eyck! Quando li, não me lembrei de nenhuma obra dele! mas o nome eu já conhecia. Daí, ..., GOOGLE! "O Casal Arnolfini". Sabe quando você se depara com uma imagem, ou um som, ou um cheiro, ou um gosto, ou uma textura, e que imediatamente você sente um pulsar, você respira mais fundo, suas pupilas dilatam, são centenas de milhares de informações agindo simultaneamente no seu cérebro?

    Pois é! uma dessas centenas de milhares foi uma aula desta disciplina que vocês estão pegando agora com a Professora Adriana Amorim... Drica levou uma reprodução da obra que uma revista (me esqueci o nome da mesma) publicou. Nossa... gerou uma discussão interessante na sala de aula, mas o que mais me chama atenção, é: "O Que o Artista sente/faz/têm", ao conceber uma Obra de Arte?

    Eu pensei em escrever aqui, neste parágrafo cerca de 3 coisas diferentes (tendo eu que escolher uma [ou não!]), por exemplo, discorrer um pouco sobre Catarse, sobre Psicologia da Educação - Vigotsky/Freire, sobre ELOMAR FIGUEIRA...

    Mas o que fica de verdade, é uma sensação...
    obrigado por me causar um momento muito feliz Gecy!

    Lembre-se Artístas da UESB: "Imaginar, será sempre maior que viver" (Poética do Espaço - Gaston Bachelard)

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  4. Quando a gente estuda HIstória da Arte a gente muitas vezes se bate com essa sensação de que não sabe do que se trata ao ler um nome. Mas, ao ver a obra, imediatamente a gente a reconhece de algum lugar, de uma experiência vivida. Por isso essas obras são clássicas. Por isso elas se espalham pelo mundo e invadem a nossa vida. A gente pode viver pra sempre, só apreciando essas maravilhas. Mas também pode estudar sobre elas, saber quem fez, quando fez e porque fez. Isso também é gostoso. E aí, com o tempo, a gente já vai relacionando nomes com imagens, com situações e dá-se conta que está mesmo é envelhecendo. Envelhecer é não morrer! Obrigada, queridos.

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  5. Muito bom!
    Poderia me explicar o uso do termo “Gótico Tardio” para o Renascimento no norte da Europa e por que considerá-lo o equivalente setentrional do Proto-Renascimento?

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